terça-feira, 2 de junho de 2009

Laços dourados


Como estradas paralelas, cambiando ousadias partilhadas, vamos até onde quisermos ir. O sol hoje, é tímido. Vou ver, se o espevito, desnudando-me. Vens ?
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Leva-me desnuda contigo, na busca de um Nirvana de águas azuis e salgadas, ora revoltas ora serenas. Serpenteamos ?
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Serpenteio por entre as ondas até te encontrar. E me estendo, desnudo, cansado e sereno, sorrindo ao sol que me visita neste fim de tarde. Ouves a sua voz ? Diz: Quero-te.
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As ondas na sua sonoridade própria e o sol no seu toque quente e suave , convidam ao expandir das asas do vento que guardamos em nós, numa ânsia de se libertar. Liberta-te em ti, em mim.
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Vento libertador que quebra os grilhões dos ingénuos incautos que se deixam enredar nas emoções castradoras de liberdade. Vento que flúi, livre, sem saber de onde nem para onde. Asas de vento que nos levam no acaso, nos caprichos do Destino, numa liberdade, apenas ao alcance dos que pagaram o seu preço. Livre digo: Amo-te.
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Ecos mudos gritando através do tempo: Amo-te
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01/06/2009
Foto por Paulo Marques

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