terça-feira, 31 de março de 2009


Molho a imaginação no mar dos desejos e gotas fecundas embalam novas viagens de imaginários agrestes e doces em volteios intemporais.

r

Entretanto, uma brisa sopra ligeira, como um esvoaçar de vontades que se libertam num mesmo objectivo de êxtase.

l

Imagem: internet



Imagens: Paulo Madeira e Amanda Com

segunda-feira, 30 de março de 2009

EQUILIBRIO



Somos porto de chegada,
de almas e corpos,
que se buscam.
Ponte que liga
a vida terrena
à eternidade do céu...
l
É na comunhão de corpo e alma,
que encontramos o equilibrio.
Somos a partida
e a chegada.
Somos vontade
sobre os cinzentos mornos.
Somos vida.
r

Imagem: A Brito

Fotografia: Internet

quarta-feira, 25 de março de 2009

Alva


Pela manhã,
lembro o teu sorriso,
no olhar prazeirozo
ao meu lado.
As palavras cúmplices,
trocadas,
Tudo é presente...
r

O sorriso que provocas
e se deprende da boca
que desejas tocar
com dedos que procuram,
tornando-a reveladora.
l

O que revelas
aos meus dedos,
com a tua boca molhada,
são prenúncios de prazer,
da tua gruta encantada.
r

Erupção dos sentidos,
em que se percorrem,
trilhos escondidos
e adormecidos
num sono ligeiro.
l

Imagem: Internet

Num manancial de sensações contraditórias, confluindo para um culminar. que se pressente desatinado. Lados opostos. Fogo e Água. Coexistem. l

Água de imensidão, serena ou revolta, água ardente que entre fogos se quer avivar. Fogos que teimam em nunca se apagar. r

Imagem: Lempicka

terça-feira, 24 de março de 2009

LEVEZAS

Na insustentável leveza
que és
vive uma razão
de te amar.
r

Na insustentável razão
de te amar
vive uma deliciosa
sensação
de leveza.
l
Na serenidade
flutuante e segura
és continuidade
que perdura
nos passeios vendados
nas orlas da razão.
Soltas-te
em barcas de ternura
prenhes de tesitura
expectantes de união.
r
Imagem: Imeem


As muitas águas não poderiam apagar o sentir, nem os rios afogá-lo. Amo-te
L

Temos um iman que nos atrai como um rio que corre para o mar. Fluimos nesse deslizar, loucamente sereno. Porque somos assim. Dois em um sentir. Beijo os teus lábios.
R
Imagem: olhares.com

segunda-feira, 23 de março de 2009


Agradeço a Deus a minha vida.
Agradeço sentir o amor com essa intensidade.
Agradeço estares na minha vida e criarmos
esta entrega de sentidos numa cumplicidade
única. Sou emoção segurada com um pouco de
razão. Sou teu e em ti confio o meu eu. Procuro
palavras originais para dizer o que és para mim.
Apenas as lágrimas correm por não as encontrar.
Amo-te
r
Misturo as tuas lágrimas com as minhas
Sei e sinto o que sentes e o que sinto.
Tudo está certo e bastante
quando existe entrega de corpos e de almas
Entreguei-me...
l
E é a entrega que cada um faz que fortifica
o nosso ser. A alma dói pela distância, mas rejubila
pela origem dessa dor.
r

Somos sempre a imagem de opostos
que harmoniosamente coexistem
A felicidade e a dor.
Como reconhecer uma sem a outra?
Mesmo assim entregamo-nos
como se de início se tratasse
Talvez por ser único e sempre diferente
l
Na segurança do sentir
parte-se á descoberta
de novos momentos
que esculpem história
na vida cúmplice
Alargam-se fronteiras
aceitam-se desafios
Cada momento me seduz
pela intensidade e genuinidade da entrega
Viajo de olhos abertos
para não perder as nuances da viagem
Onde vamos?
Talvez a resposta venha no dia seguinte
Mas vou
Onde fores
r

Muitas vezes falamos de sentimentos
como o amor
mas só percebemos
verdadeiramente o que querem dizer
quando os experimentamos
e sentimos na pele
O que fazes sentir
O que faço sentir
Tatuado na memória das emoções
l

O amor por dentro
é de uma intensidade inigualável
Feliz quem o vive
r

Como água corrente
ou em movimento
em que não se pode reter o seu curso
l
Imagem: Internet

domingo, 22 de março de 2009

Compasso(s)

Numa tarde de Fevereiro (princípios), palavras soltas de l, numa dança imaginada...


Foto: nús, olhares.com

sábado, 21 de março de 2009

(Des)pudores

Amor é a continuidade da paixão. Um desejo insatisfeito de tanto querer. Amo-te
r
A continuidade de um mesmo sentir, num objectivo comum. A vitória de um pulsar em uníssono...
l
O sabor da vitória tempera-se em cada batalha.
r
Insaciável de batalhas que culminem nesse desejo de me dar, a ti.
l
Que nunca te sacies dos meus beijos e risos, são pedaços teus que florescem em mim.
r
Germinam numa vontade que me leva à saudade, de encontros ocasionais numa certeza sensitiva. Amar é...
l
é acreditar no amor.
Quanta saudade cabe numa palavra ? Quanta falta cabe num amar ? Leio as tuas palavras para mitigar a ausência.
r
Palavras que saem naturalmente, provocadas, incitadas...Sem palavras, beijo-te.
l
Que o teu beijo, beije o meu. Que o vento sul conflua no vento norte. Que o tempo seja um plácido lago, assistindo assombrado aos aromas derramados, pelas brisas saudosas. Que um rio de sentidos cative o tempo até o céu ter fim. Que o céu não tenha fim. Sentir desejando...numa fogueira de sensações.
r
Em brasa, é como estou, com arrepios que me percorrem o corpo. A alma divaga. Transmuta numa dança de cores pasteis, que pintam novos horizontes por descobrir...
l
Desejos não coincidem com limites...aqui não existem regras. Excedo-me...
r

É o que saudosa espero sempre. Observa a minha boca...ansiosa,
molhada...
l


Sente a minha lingua...molhada, envolvendo a tua. Penetra em deliciosos devaneios na tua boca. Saboreia as gotas que saltam...
r

Lingua devaneante que entreabre, provoca, descobre, sensações intensas. Deixamo-nos levar nessa dança de bocas e de linguas.
l

Em desejos molhados a lingua ganha vida própria. Desliza pelo teu corpo, explora cada intimidade. Sentes teus seios molhados por ela ?
r

Seios que se moldam e excitam à tua lingua conhecedora.
l

Seios que afago, com a firmeza do meu desejo. Traçando um sulco com a lingua molhada...
em direcção aos aromas que me esperam.
r

Aromas que libertam dedos, expectantes por te tocar e sentir.
Ardente a boca que se abre, no corpo que se contorce entregue.
l

Molho os dedos em ti, sinto o desejo que cresce em nós, em cada prova que saboreias de mim...em gotas ácidas...
r

Depois de mergulhados na tua boca, os meus dedos tocam o teu membro erecto...
a tua tesitura que me enlouquece.
l


Eis que te percorre o corpo o meu membro. Anseia visitar os teus segredos molhados. A tua lingua o conhece com um desejo guloso.
r

Deleita-se na minha boca, na minha lingua incisiva, que em terras áridas floresce. Desejas-me. Desejo-te.
Dou-me numa oferta prevista, numa dádiva que se espera.
l

Sim, tomo o teu corpo, enquanto me delicio, ao sentir o meu membro na tua boca, que o molha e engole até desaparecer por completo em ti. O desejo enlouquece-me...
r

Num vai e vem alucinante, desliza numa dança dos sentidos, cúmplices e partilhados. Agiganta-se o teu membro,
no teu corpo contorcido de êxtase.
l

E em convulsão explode, num manancial de doces fluidos leitosos que te escorrem pela garganta, mantendo ainda a erecção pelo toque da tua lingua.
r

Extenuados e nús na areia molhada, que absorve as gotas do prazer, do teu, do meu. O sol que se esconde para que outro brilho surja, os nossos corpos e almas numa fusão cósmica. Sublime.
l
18-19-20-21/03/2009

quarta-feira, 18 de março de 2009

Cadenciado


Palavras que dançam num vaguear ousado. Palavras que vestem espaços incompletos de ti. Porque apenas e tanto são. Por ti
r

Como és amável, amado meu. O nosso leito é de viçosas folhas.
l

Que a frescura da manhã depositou ao ver tua terna inocência, amada minha.
r

Gotas que se desvanecen nos teus lábios, amado meu.
l

Somos a consequência de palavras, que se deleitam no manancial de sentires. Amo-te
r

Deixo-me ir, simplesmente, vogando acima da existência.
l

Erre de resistência, na serenidade finita por definir, sou. Racional na emoção explos.iva, tento ser .
r

A alma divaga, transmuta numa dança de cores pastéis que pintam novos horizontes por descobrir.
l

Há coisas que nos puxam na sua direcção, como imans do lado de fora da vida. Há estados especiais de alma,
em que a distância, serve como certeza, do encontro pela saudade que ocasiona.
l

Foto: Varck

terça-feira, 17 de março de 2009

Latejar



Somos como a nuvem. Grande ou pequena. Clara ou escura. Basta o vento para a levar para outras paragens
Deus é o vento que cuida de nós
r

Este coração que pulsa arritmado, pertence-te. Segura-o. O corpo segue com ele...
l

Quando se ama, a dor da distância é proporcional ao prazer da união. Amo-te. É simples, a palavra, mas é a que me ocorre.
r

É essa simplicidade"complexa" que me seduz e arrebata em ti. Apetece-me saltar e correr na tua direcção. Abre os braços...
l

Os braços fecham à tua volta. Beijo-te com ternura. Ficamos perdidos no tempo, até contarmos as gotas do mar.
r

Presa nos teus braços, mesmo assim esvoaço as leves asas. O tempo, não tem tempo. Infinitamente entregue, cúmplice. Um que nós somos. Continuamos a contar as gotas, doces e salgadas. Misturamos...
l

Misturamos, renovamos, inventamos. Tudo é permitido, a quem se dá, porque o retorno é sem limite. No simples se edifica. No alto de colhe.
r

Limites que se perdem no horizonte. Façamos como o sol, que nasce cada dia, sem lembrar-se da noite que passou Façamos parar o tempo.
l

Em momentos singulares de frescura derretida, numa fenda do tempo, somos errantes vagabundos, na descoberta continuada, de trilhos por percorrer.
r

Algumas almas são perfumadas, porque os sentires têm cheiro e tocam todas as coisas com os seus dedos de energia. É essa energia que nos impulsiona numa viagem sem retorno. Eu sigo...
l

Lado a lado. Par a par. Seguimos em vendavais de devaneios. Unimos pontes ladinas. Trocamos serenos silêncios. Fácil ? Apenas para quem sabe.
r

As pontes são eternas, feitas de encontros, que estreitam e incendeiam.
l

17/05/2009
Foto: Nuri

domingo, 15 de março de 2009

Amores não são escolhidos. Sem darmos por isso, eles já estão a ser vividos.
l
Podia escrever mil palavras, mas apenas esta, está em constante rebuliço: Amo-te
r
Existem palavras que nos beijam como se tivessem boca. Beijo-te. Sentes a minha boca ? Repara na língua que cria palavras tecidas na alma corporizada. Deixa-te deslizar...
l
Quanto desejo. Quanta saudade. Quanta falta do teu abraço. Tudo sinto. As palavras mitigam apenas o que o pensamento concebe. Cores desenfreadas.
r
Falta gera saudade. Do que existe mas que não se tem ao alcance dos olhos e dedos que almejam tocar. Um desejo mútuo, infinito. Sentimos. As palavras tornam-se parcas.
l
Dá-me uma pitada de ti, pingando na minha língua.
r
Aromas misturados e intensos, entrelaçados nas línguas ansiosas, escorrendo pela garganta ? Gota a gota pingando. Múltiplos sabores e texturas...
l

11/02/2009
Querer-te é um facto. Um querer contínuo e mútuo, que nos leva ao encontro de sensações indescritíveis.
l
Enquanto a distância é, deslizo por ti em pensamento. Deslizando, encontro-te na totalidade. Beijo no teu centro.
r
E no centro, o encontro final. Existe apenas uma luz, quando as barreiras caem e todas as flores podem florescer juntas.
l
Quanto amor contém uma palavra singela ? Tudo quanto o que a distância multiplica pela saudade.
r
Partilhar, saborear, prolongar no tempo parado que se dinamiza pela palavra e pelo acto de amar, detalhes que se potencializam em momentos concretos.
l
Amor é um momento parado no tempo, partilhado por quem o sabe saborear, como nós.
r
Na essência se movem as emoções. Entrega. Dar até doer, quando tudo o que me dás eu te dou a ti. Amo-te, tanto quanto posso. Será o bastante ?
l
Em momentos concretos mais que pensamentos, mas a essência que nos move. Os actos que os materializam em momentos únicos de intensidade que damos e recebemos.
r
As certezas absolutas podem-se relativizar, quando temos a sensação que ficamos aquém do muito que temos para dar. Serei bastante ?
l
A entrega total de quem ama, é a absoluta certeza que é o bastante para quem recebe. Sou bastante ? Penso que sim.
r
12/02/2009

Aquecida e desperta por pensamentos e devaneios, que assolam sem licença. Serpenteio nos que me abrasam a alma e o corpo. Alimento.
l
Alimento o dia com esteiras garridas de pedaços nossos, que gritam renovos retornos. Sons que nos buscam. Sussurros que desejamos.
r
Sons de uma melodia harmoniosa, letrada por palavras do sentir, embalando corpos sedentos de descobertas.
l
Com a serenidade e certeza deste sentimento que partilho, as palavras são sempre parcas, quando penso nas cores que vestimos.
r
As palavras encantam e o toque torna ardente uma paixão. Toco-te com o meu olhar que se abrem em dedos imaginários..
l
As palavras são embaixadoras dos sentidos. Os toques os desatam. Com lábios percorro estradas húmidas. Tuas. Nossas.
r
Os cinco sentidos, em que o toque é o mais profundo.
l
Não sou poeta. Não sou virtuoso na vida. Sou apenas eu. Na complexidade e simplicidade que me posso dar.
r

13/02/2009

(Pausa)

Ancorada em pensamentos, de encontros numa dimensão real e concreta, disperso a saudade de não ter.

No ritmo de corações em uníssono, vazia está a cama onde não estás, estranhos os lugares que percorro sem estares, estando.

r

20-02-2009

Acompanho-te ? A minha presença será subtil e imperceptível. Prende-te no seu aroma, sem dedos.
l
A tua presença acompanha-me a todo o momento. A vida abriu-se para ti. Um espaço que só tu podes habitar.. Saudades. Muitas.
r
Entretanto a guitarra de Santana geme...

Da guitarra jorram lágrimas de alegria, em gotas suspensas, num tempo que aprisionamos. Eu. Tu. Nós. Um. O que começa em mim e acaba em ti...
l
Na serenidade das tuas gotas expectantes, divago em pensamentos molhados. Saboreando gotas minhas, por tuas, não as ter...
r
És rio que me inunda, cobrindo do que o mar não possui. Preenchendo. Sem lacunas. Sem reservas. Sal. Doce. Amo-te, como continuidade de mim mesma, não deixando de existir. Perfeição ?

A intensidade marca almas e corpos, numa fusão cósmica, que sem nos extinguir, que sem nos extinguir, torna-nos expectantes de um mar e rio transbordantes, Desbravando no serenidade, que provém de águas em tempestade, encontro forças poderosas. Paixão.

Mergulhada nessa fluidez. Inquieta, porém serena. Queres descansar em mim ? Deita e cerra os olhos...
l

21/02/2009

O meu beijo flutua na brisa com sabor a sal. Sentes ? Que o teu dia seja leve...
l
Assim tão leve e doce como tu.
r
Sementes de exotismo, temperos doces e quentes, que mergulham no líquido branco e fresco. Finalmente, saborear. Salivamos ?
l
Líquido leitoso que banha, tornando o salivar num rio que goteja pela antecipação do contacto de tais formas deslizantes, entre lábios que formam círculos para as receber.
r
Receitas cruzadas de paladares que se buscam e se encontram na sugestão da iguaria e na vontade de a provar. Procura, eu ofereço.
l
Acaricio a procura, em pensamentos aromatizados com agridoces paladares. Desenho riachos nascentes do desejo. De ti correm. Que me ocultas ?
r
O que se descobre, desnuda, desbrava o que antes era oculto. O desejo despoleta o olhar, no toque incisivo da boca, que se abre em múltiplos sabores. Se puderes ver, olha. Aprisiona a sensação. Liberta-te nela.
l
Percorro a tua boca com a minha língua. Está molhada e impaciente. Desnudo-te suavemente e a tua pele pede continuar...
r
Inquieta e confiante pelo resultado que pressinto. Atreve-te pela pele insaciada de toque, da língua que suga gotas de paixão.
l
Molho-te a pele com a língua, em círculos lascivos. Sugo os mamilos duros de prazer, e, os dedos buscam teus húmidos recantos. Sente-os....
r
Dedos que anseiam perder-se, naufragar em águas de revolta e calmaria. Submersos. Resignados ao êxtase. Oxigénio que nos alimenta. Vibro...

a cada toque, nos dedos que deslizam, conhecendo, na língua que sacia uma sede que se potencializa na insatisfação. Mais. Quando perdidos estamos...
l
Dedos molhados de prazer que a boca saboreia em devaneios. O teu peito arfa ao contacto da minha mão e pede mais. Perco-me em ti.
r

22/02/2009

Sem saltear horas e quem galgando distâncias, adormeci enrolada em ti.
l
A perder-me em pensamentos...
r
Perde-te em rubros pensamentos. Deixo-me embalar em ondas dançantes de prazer. Visto o traje da nudez que se revela.
l
Vejo-te. Desnuda, serpenteante no toque ousado. Saboreando ácidos desejos. Sigo com olhar penetrante cada contracção. Que fazes ?
r
Guia os meus dedos. Hoje és meu amo sem ser tua escrava...
l
Nua, quero ver-te. Abre as asas da vontade molhada. Expõe-na ao meu olhar indiscreto.

Tua língua quente e molhada envolve o meu órgão já erecto. Mil estrelas explodem ao senti-lo tocar no fundo da garganta. Emana leite morno que te escorre, num vai e vem acelerado...
r
Que sorvo com prazer, misturando com o néctar que sem o conseguir reter, emana de mim. Quente...
l
Está quente e aromático. Doce e ácido. O teu beijo na minha língua. Tomo-te por trás. Tua entrada fechada olha-me desejosa. Molhado, antecipo a cedência.
r
Entrada fechada que se abre ao teu comando molhado. Que quer. Que quero. Cedendo passagem, contraindo, soltando. Devagar. Acelerado. Tanto o prazer, nos gemidos que se soltam sem pudor.
l
Sem pudor na dor que liberta o incontido prazer. Sem pudor na visão atesoada da carne que envolve a outra carne, até mais carne não ter. E desliza, mergulhando até um completo preenchimento do teu pequeno espaço, ainda molhado.
r
Que lascivamente engole, tornando-nos UM. Saciados da fome, da sede crescentes, sorrimos vitoriosos, das resistências que caem por terra. O desejo era tanto. Tanto ainda por desfrutar.
l

23/02/2009

Desfrutando da tua boca e envolvendo a tua língua na minha, misturando salivas, aquecendo o fogo rubro.
r
Sabores e texturas que se complementam, de olhos fechados. Ensaio sobre a paixão ?
l
Paixão é laço vermelho e azul que envolve o desejo de amar. Amor apaixonado é um contínuo enlace de rubras paixões.
r
O desejo é o ímpeto que despoleta a paixão, envolvendo almas e corpos em confluência.
l
Que se consome na total entrega de corpos e almas. As almas estão delirantes e os corpos saudosos. Como sacia-los ?
r
Imaginá-los na entrega, segurando a saudade no tempo, até que se concretize na sua plenitude máxima.
l
Estás nos meus braços. Nossos corpos enlaçam-se em desejo Puxo as tuas ancas contra as minhas. E o prazer que irradia desse toque, inebria e solta-nos. Vamos...
r
Inebriados pelo desejo que o toque ocasiona, colamos peles que gritam e almas que se silenciam. Leva-me. Eu levo-te. Vens ?
l
24/02-2009

Beijo-te
l
Espraiamos no beijo. Inundando cada recanto nosso.
r
Tacto que acende recantos conhecidos, em momentos de rubros desejos.
l
Desejos de te ter como és. Vulcão, momento a arder, sem tempo, no chão.
r
No chão estamos, forrado dos gemidos que se arrancam do que antes era silêncio. Quando me tens...
l
Tenho-te. Sem te ter. Saboreio cada pedaço teu, nas fragrâncias que libertas e a minha língua encontra. Que te dou ? Que me dás ?
r
Damo-nos, numa entrega de sentidos. Onde paira o equilíbrio ? Perdemo-nos, nos aromas e toques, que se sucedem, revelando pedaços de nós. Numa cumplicidade que provoca o sorriso, nesse prazer de nos termos.
l
Prazer despertado na paixão, temperada por fluidos trocados, leva ganas de mais querer. Soltam-se palavras arfadas. Ganha-se o tempo ao...
r
ao tempo que mais tempo não é. Vivo o teu sentir. Desejo os teus desejos. Beijo os teus beijos. Deslizamos na mesma onda de paixão, que nos galga os sentidos.. O meu sorriso...
l
O teu sorriso é um lapso de tempo, parada à minha espera..
r
Tenho vontade de esticar os dedos e tocar-te.
l
Sinto os teus dedos deslizando no meu peito. Sinto o teu corpo quente colado ao meu. Sinto-te. Como te tocasse...
r
Entrego-me nesse contínuo abandono. Pele com pele. Boca com boca. Alma com alma. Antecipo em pensamento o...
l
o momento da entrega, em total sintonia de nus corpos que se deleitam na descoberta de novas lições. Beijo o teu pescoço, com suave linguajar. Boca insaciável que teima em...
r
transbordar um mar de desejo, por ser água que se pode tocar, mas não se pode reter no seu curso. Deixo-me ir sem...
l
recato. Sem pudor. Tudo te permites nessa viagem sem Destino, que temos como certa. Rodeio o teu mamilo erecto, com a ponta da língua, molhos dois dedos dentro de ti. Quente. Húmida. Viajamos...
r
nessa viagem sem retorno. Mamilos que cedem, grutas que expectantes acolhem. Sinto-te erecto, pronto, majestoso e confiante ao passo seguinte. Espreitas e...
l
tomo o teu paladar, nessa gruta que se entreabre sequiosa. Teu pequeno botão se eleva ao sugar. Minha lança goteja de gozo. Perdidos. Encontrados.
r

25/02/2009

Na simplicidade do desejo que nos consome. Libertamos a força, que nos eleva além do olhar. Quero-te. Dói tanto querer. Que doa. Este querer.

As palavras são sempre curtas, quando o sentir reclama a plenitude da tua presença.
Palavras soltas de r para l
26/02/2009

Envolvo o teu beijo no meu e desfruto da panóplia de sabores que derretem desejos incansáveis de mais querer.

Porque o tempo é dos que o medem e o espaço de quem o vê. Em união, apenas nós existimos e cada momento de espaço é um poema nosso.

O meu corpo está em ansiedade. Mas com uma carícia suave beija o teu e desliza. Num afago contínuo, tilintando cada textura por descobrir.
(Palavras soltas de r para l)
27/02/2009

Amor é a descoberta contínua de momentos de paixão.
r
Amor são instantes intensos, um pulsar em uníssono, eternizado no tempo. Estares presente, tocável e observável (sinto), quando fisicamente distante. Entender a contradição do real e do imaginável que se sente.
l
As saudades aumentam o desejo. O desejo alimenta o amor. É bonito, mas prefiro estar cada segundo a teu lado. Sem saudades.
r
Não sentir saudade, quando é ela que potencializa o querer. Quero-te, nos gemidos dos corpos, na sua dança cadenciada e sugestiva e no estreitar das almas que se complementam.
l
Fecho os olhos e vejo-te. Beijando. Tocando. Vejo dois corpos como um só. Fluidos que se trocam desafiando fronteiras, na busca do amor total.
r
A sublime fusão que nos cativa nessa busca incessante do prazer máximo. Sinto que te contorces a cada olhar, palavra, toque. Observo o meu prazer no teu. Um convite velado para continuar...
l
O teu convite é uma entrada no oceano da entrega. Sinto um pulsar erecto e um calor molhado. Tenho-o vibrante. Prova-o.
r
Mergulha no azul do oceano. Prova o seu sal. Vejo tua boca tomando o seu gosto. O teu mastro que engrandece, majestoso na sua erecção Quero sentir o seu pulsar, no enlaçar da minha língua, que deliciada se movimenta com destreza.
l
Deliciado, mergulho num silêncio cúmplice. Quero observar e seguir-te com o olhar...
r
Exposta perante o teu olhar, os teus dedos conhecedores. Convida, sem pudor, o teu membro em brasa. Ardo, pressentindo a sua presença, grande e dura, que desliza num vai e vem acelerado. Percorro a minha boca, com a língua. É tanto o prazer. Sentes ?

Com os teus dedos na minha boca, saboreio os nossos sabores. Em simultâneo, entras erecto dentro de mim e numa sintonia intensa dançamos..

As ancas num compasso frenético, de gemidos e palavras luxuriante, ondulam. Pressente-se uma explosão dos sentidos, empurrados para um culminar que se quer e já não se pode reter. Abandono de corpos extenuados em almas preenchidas.
l
Repouso em ti
r

28/02/2009

Desatadas (por ele)

Palavras soltas de r para l
Perder-me em ti é fácil. Tenho o teu sorriso. O teu rosto. O amor que fizemos. O que rimos. Renovar, repetir. reiniciar é o desafio. Seguimos viagem ? Eu sigo.

Beijo. Quente e molhado. Percorrendo a distância. Envolvendo a sofreguidão do desejo provado em dias de rios completos e insaciáveis. Molhas os dedos ?

Saudade é a palavra que ecoa na língua e a solto. Toco-te. E devaneio nesse tocar. Estou em ti. Sentes-me ? Sinto o teu sabor nas pontas dos dedos molhados. Toca-te, por mim...

Amor vivo, é a sua razão de existir. Que dói ao rasgar os muros que o querem segurar. E se desnuda na mão de quem o beija singelo.
28/01/2009
Sou um dado lançado por ti. Uma balada solta sem casa.

Espaços preenchidos por ti...
são espaços que esperavam ser preenchidos, que se tornam parcos para tanta espera.

Os teus olhos, falam calados. Contam rubros desejos que materializamos na ávida confluência dos corpos. Amar.

Amar é, uma forma de ultrapassar os limites da entrega. É um lapso de tempo que tende para o infinito. Uma mestria na arte de viver. Partilha de paladares despudorados, ligados com beijos molhados, em rios de prazer.

Nas ondas indomadas de paixão, minha boca cobre a tua, línguas enlaçam-se, descubro doces segredos molhados.

Meus dedos vagueiam no sabor pegado da noite. Visitam desejos impunes. Alagam sorrisos de ais dourados, em pingos roubados a momentos tais.

Em pensamentos ondulantes, rubros de paixão, deslizam dedos molhados, tecendo afagos, em noites sem chão.

Somos
sangue que grita. Somos dia insone. Uma rubra melodia. Que desliza e consome.

Sou teu. És ?

Amo-te. Tão simples. Completo. E absoluto. É.

Partilha comum de saberes e sabores. És.

Fecho os olhos. Fazes morada. Toco-te. Sinto-te. Com as pontas dos dedos percorro pensamentos.

Quebro paladares que moem a tua ausência. Gravo em relevo devaneios mordidos a par.Em palavras me permito. Que em sons me solto.

Desejo
de beijar todo o teu corpo. Explorar-te em cada recanto. E virar o desejo em algo concreto.

Acaso
passeias por mim, incolme ? Decerto que não. Saboreio cada pedaço que lanças. E mais imagino os que virão. Prelúdios de devaneios.

Desejo que se aviva
com a tua presença indelével de fogo vibrante.

O que sentimos,
não se escreve apenas com palavras, mas desenha-se dia a dia, fruto do desejo.

O coração é fonte de vida. Assim como o Amor. Amo-te. Sem distância ou tempo. Apenas porque sim.

E,
quando o vento bate frio envolvo-te no meu abraço. Quando a noite dobra o dia, sopro no teu olhar. Amor é.

Tentação que és,
provo-te em deleite. Troquemos sabores. Nesta impaciência aberta no tempo.

Doce sedução és,
panóplia de rubros excessos sentidos.

Sinto as vontades tecendo virtudes. Apetece-me
sonhar. Que são os sonhos ? Pontes que te trazem até mim.

E,
a vida descubro em arrufos de fantasia, desenhados por ti.

Penetro-te sim, sinto o teu corpo a contrair-se em espasmos ofegantes. Quero encher-te com o mel que jorra de mim em golfadas. Saboreia.

Somos o prazer que se dá e recebe. Quero-te.

Que nos leva aos picos em ondas de prazer, percorrido pelo devaneio do néctar que de ti emana.

Os beijos e os desejos tomam vida própria e em sã loucura, se perdem na torrente dos sentidos.

Repouso em ti.

(...)

Beijo-te ao acordar. Enlaço o teu sabor no meu...ainda tão presente.

Amo-te. Palavra de fogo. Marca a alma de quem a sente. Sinto-a. E sei que a sentes. Perco-me a olhar para ela e para a sua dona. Beijo-te e
saboreio o mel que escorre da tua boca. É agridoce o teu linguajar. Sugas-me. E em rio me dou.

A chuva continua a cair, num gotejar que me leva a ti. Torno atrás no tempo. Relembro quando te vi. Gotejava também
e o tempo cúmplice, cuidou de nós.

(Princípios de Fevereiro de 2009)

Desatadas (por ela)

Palavras soltas de l para r
Fogo que arde sem se ver mas que se sente. Qual será a medida do sentir? Perco-me nele, em ti. Tempo incontável, quando estou dentro da tua boca,Toma-me...

Bocas e línguas cruzadas, apoiadas nesse redemoinho de sentires, quando sentir não basta...Pressinto que te amo. Coloca-me em ti. Um que nós somos. Percorre-me nos nossos labirintos. Tua. Meu.

Perdida nos sentidos...nas sensações do meu corpo no teu. Rendo-me sem resistir a esse devaneio que me arrebata. Sem retorno, deitada nesse vibrar, em que o sangue corre e percorre-nos como um néctar divino.

Fluidos que jorram, de um prazer que se recria. Numa avalanche, única, intensa e constante, do rio e mar que nós somos. Queres-me ? Sei que te quero.
Quero-te. Corpos molhados que deslizam, numa dança frenética e luxuriante. Penetras-me no ânus escorregadio e expectante. Entre respirações ofegantes e gemidos de prazer, atingimos o êxtase. Com a língua, sorvo todas as gotas do teu corpo...retendo-as.

Sabes que sim, que queres, que quero. Esporra-te e vibra dentro de mim. Desfruto do prazer que me dás, no teu. Sem limites. Colados, pele com pele, espírito com espírito. Cúmplices. Amantes. Puro desejo numa dor que desatina, não do que se sente, mas do que não podemos reter no tempo.
(...)
Eu, que sou alma liberta, deliciosamente presa em ti. Aqui resguardada da violência do vento e da chuva, que sopra e cai, sem contemplações, prefiro-te, nas emoções regadas no rubro líquido da luxúria. Imagino a minha boca, dentro, da tua...

Talvez me encontre no desassossego da tua espera. Prendo-me nas cores dos sabores antes desfrutados...

A impaciência que sirva apenas para amaciar a saudade das almas reflectidas nos corpos sedentos.

Espera que termina, saudade que se mata....
(...)
És, tentação que me preenche e lambuza. O sol fulgurante que brilha e ilumina, olhos e bocas que se entrelaçam num encontro de descobertas. Dormiste ancorado no sonho ?

Somos, corações que batem em uníssono. Vida na sua pureza. Uma boa vida tem como base o sentido do que queremos para nós e daquilo que realmente vale como principal. Vejo-te a ti e esse desejo incontornável de me entregar ao que sinto por ti. Porque sim.

As palavras, apenas são o traje que adorna o que sentimos, desejamos. Alimentamo-nos, um do outro, sem nos saciarmos, num querer crescente e infinito. Coexistes comigo. Libertador. Doce. Intenso. Atados por linhas invisíveis. Assim, dessa forma tão leve e subtil.
Nesse fogo que abrasa. Constante. Real. Atraindo e subjugando nessa fome, que nos arrebata numa força motriz, mantendo os braços estendidos, a boca expectante e os olhos que não se desviam dos alvos que somos nós. Desejo de...

Passeamos um pelo outro, porque o desejo nunca é solitário. Quanto mais te percorrer, mais me percorrerás. Dedos que se abrem em mãos de devaneio. Incontrolável.

Sons que entoam uma melodia harmoniosa de tons coloridos, nas vontades que se encontram no mesmo objectivo. Prazer de ter, de dar.

Numa permanente redescoberta, cúmplices da tentação de ir na continuidade do outro, completando e nunca subtraindo. Saborear.

Nessa simplicidade absoluta de te amar, nessa forma única e especial, me perco. Existem sons que não se calam, num grito surdo de um coração que pulsa.
(...)
Corpo, templo da minha alma...

Sangue, que corre por pensamentos ondulantes, rubros de paixão. Desliza quente.

Dedos, que absorvem cambiantes de cores, quentes, de loucura sentida. Sedentos, num rodopio de sensações descobertas e por descobrir.

E que, em pingos de prazer, adormecemos, cansados e ansiosos por um novo recomeçar.

Na tua boca repouso e nos teus dedos sereno segredos desnudos, de um corpo sobre o teu. Meu. Início infinito de sentires. Vício de mim, em ti.

Existem vícios que nos aprisionam numa asa libertadora. Corajosos são os que saltam os seus próprios limites. A isso se chama Amor na sua forma absoluta. Livre e no entanto entregue. Tua e minha. Estando. Sendo.

É, simplesmente ultrapassar o visível, nas suas certezas mornas e seguras, numa fragilidade humana politicamente correcta. Metades separadas entre si. Mais ou menos. O finito certo. A alma não caminha sem um corpo, que se transmite nas sensações do toque, do cheiro.
(...)
Beijo-te, nesse desejo intenso e infinito...

Preenchida. O deserto é apenas uma ilusão, quando penso na cumplicidade e partilha que nos une. Os meus dedos procuram-te, em mim, é aí que resides...

Semear e esperar, porque o que se semeia com amor, germina com a mesma força.

Na vida, que nos seus encontros e desencontros, partidas e chegas, revela-se mágica e imprevisível.

Onde moro, sei que habito. Intensamente. Num corpo que carrega uma alma. Paixão. Que nas suas ondas insubmissas, vagueia ao sabor do sangue que grita.

Ela segue o vento, para outros lados que chamam por ela. ELE.

(Princípios de Fevereiro de 2009)

Capitulo primeiro

Palavras e olhares que se cruzam no tempo, exacto na vontade. Somos...seremos ?
l
Chovem gotas feitas palavras. Tens sempre a leitura certa do momento. Surpresa ler-te. Um mistério. És ?
r
Os jardins fechados se abrem, quando suas flores são decifráveis e colhidas no momento certo.
l
Beijo deitado num sorriso...
r
13/01/2009
Acreditas no amor ?
r
Entendo o que me fazem entender, sinto o que me fazem sentir.
l
O amor é a paixão amadurecida, que dá frutos. A paixão é uma onda, que nos leva, sem sabermos onde, e nada a pode parar. Conhecer mais. Estou a ver a maré a formar-se
r
Serpenteando, numa perspectiva de seguir. Até onde ?
l
14/01/2009
Até onde pode levar o teu sentir ? Dou-me por completo, quando vejo que da outra margem a ponte se forma.
r
Ponte é elemento de encontro, de consolidar vontades e sentires.
l
Desfazendo distâncias, um sorriso e um beijo...
r
As distância se esfumam quando o sonho ultrapassa a realidade e nos fazem caminhar num sentido único e objectivo.
l
Sinto-te. Como algo que sempre busquei. És real ? Desejo até doer, por não ter quem desejo ter.
r
O que esperas que seja ? Descobrem-se essências, quando somos aliciados. Convido-te...
l
A descoberta fascina-me. O toque realiza, sem esgotar a fascinação. Desafiando e abrindo caminhos nunca sonhados, confluindo em trocas carmins de infinitos quebrados. Qual o tempo do teu infinito ?
r
Um finito por definir, sou...
l
Leio-te e surgem imagens. Mais do que consigo dizer. Temos uma distância. Temos vontade para a vencer ? Eu tenho.
r
Os sentires aceleram a intenção de a vencer, extinguindo barreiras que se levantam, apoiadas em certezas seguras e mornas.
l
15/01/2009
Quando o pensamento flutua, o sentir encarna rubro. E a parte em falta reclama o seu quinhão.
r
Pensamentos submersos num mar de águas serenas e revolvas. Leva-me para lá do meu horizonte...fala-me de rio...de mar.
l
Como parar a água do rio ? Podes tocá-la, mas não a reter. Os desejos do pensamento não se esgotam nas metas, porque as renovam em desafios ocultos.
r
Sente a minha pulsação...é o latejar de um mar ondulante de desejos contidos. Sem remissão...
l
Sinto-te. De uma forma que não entendo. Que doi por não te ter. Perco-me em pensamentos onde moras.
r
17/01/2009
Um beijo no sorriso que estás a esboçar e outro em teus lábios que procuro encontrar.
r
O doce mistério de um beijo por desenrolar. Um novo despertar ?
l
O meu sono foi leve. Sentia o teu corpo quente no meu. O pensamento teimou em percorrer-te, uma, várias vezes. Fizemos amor. Sentiste a minha entrega em ti ?
r
Entregas e sabores, que se misturam na fusão dos corpos em brasa. Inquietante.
l
Espero encontrar o prazer no Destino, fazendo de cada chegada uma descoberta. Apenas deixo-me ir. É tentador imaginar-te. E as palavras soltam-se. Ato-as ? Veremos o que dizem as do Destino.
r
19/01/2009
Quantas palavras fazem um poema ?
r
Todas as que expressam um sentir...
l
Vivo o teu sentir. Desejo os teus desejos. Beijo os teus beijos. Deslizamos a mesma vaga. Sentes-me ?
r
Deixo-me ir. Leva-me.
r
Dá-te. Como me dou. Porque não me posso reter. Antecipo em pensamento o encontro. Que telas pintas ?
r
Uma tela por iniciar...
l
Partamos à descoberta das palavras e dos sentidos que nos sugam um para o outro. Ensina a levar-te até ao ponto sem retorno.
r
Sem retorno estamos, nesse emaranhado de sentimentos. Não me retenho.
l
Como se mede o sentir ? O sentir não se mede. Vive-se...
r
com intensidade e parte-se sem pressentir retornos. Amor é uma palavra que me ocorre...
l
Beijo em ti, onde desejares. Eu desejo...
r
20/01/2009
Em cada momento penso em ti e tudo quanto penso me delicia.
r
Quando pensar não basta, melhor pressentir. Águas em tempestade ?
l
Tenho águas em tempestade e para que a calma não volte penso na estrada que falta. Penso em ti e uma mescla de emoções indizíveis baila no corpo. De boas que são...
Somos tecidos do mesmo sentir. As emoções soltam-se em vagas e somos viajantes na crista da onda que desliza de cá para aí, num vai e vem sensual de desejos despudorados. Somos apenas nós libertos de roupagens clandestinas, numa entrega e partilha de emoções. Que fazes ?
r
Desfruto. Saboreio. Deixo-me estar, sem sobressalto, na espera de momentos que antecipo...
l
São momentos esperados e desejados em par. Buscamos respostas a perguntas simples. Respostas que antevemos sem peso.
r
Uma pequena gota pode ser o início de um rio...
l
Quanto mar tens em cada beijo. Quanto desejo tens em cada mar. Sou um rio que corre...Rio que corre para o mar. Por vezes serpenteando, por vezes galgando. Atraído como brasa para o fogo. Onde se quer abrasar.
22/01/2009
Beijo a tua boca sedutora e em ti me perco. Desejo esse rio que emanas e corre a par do meu.
Pintemos o infinito com as nossas cores para que a distância se dilua, enquanto os nossos olhos não se tocarem. Sentes-me ?
r
25/01/2009
(por fim, encontraram-se)