domingo, 15 de março de 2009

Desatadas (por ele)

Palavras soltas de r para l
Perder-me em ti é fácil. Tenho o teu sorriso. O teu rosto. O amor que fizemos. O que rimos. Renovar, repetir. reiniciar é o desafio. Seguimos viagem ? Eu sigo.

Beijo. Quente e molhado. Percorrendo a distância. Envolvendo a sofreguidão do desejo provado em dias de rios completos e insaciáveis. Molhas os dedos ?

Saudade é a palavra que ecoa na língua e a solto. Toco-te. E devaneio nesse tocar. Estou em ti. Sentes-me ? Sinto o teu sabor nas pontas dos dedos molhados. Toca-te, por mim...

Amor vivo, é a sua razão de existir. Que dói ao rasgar os muros que o querem segurar. E se desnuda na mão de quem o beija singelo.
28/01/2009
Sou um dado lançado por ti. Uma balada solta sem casa.

Espaços preenchidos por ti...
são espaços que esperavam ser preenchidos, que se tornam parcos para tanta espera.

Os teus olhos, falam calados. Contam rubros desejos que materializamos na ávida confluência dos corpos. Amar.

Amar é, uma forma de ultrapassar os limites da entrega. É um lapso de tempo que tende para o infinito. Uma mestria na arte de viver. Partilha de paladares despudorados, ligados com beijos molhados, em rios de prazer.

Nas ondas indomadas de paixão, minha boca cobre a tua, línguas enlaçam-se, descubro doces segredos molhados.

Meus dedos vagueiam no sabor pegado da noite. Visitam desejos impunes. Alagam sorrisos de ais dourados, em pingos roubados a momentos tais.

Em pensamentos ondulantes, rubros de paixão, deslizam dedos molhados, tecendo afagos, em noites sem chão.

Somos
sangue que grita. Somos dia insone. Uma rubra melodia. Que desliza e consome.

Sou teu. És ?

Amo-te. Tão simples. Completo. E absoluto. É.

Partilha comum de saberes e sabores. És.

Fecho os olhos. Fazes morada. Toco-te. Sinto-te. Com as pontas dos dedos percorro pensamentos.

Quebro paladares que moem a tua ausência. Gravo em relevo devaneios mordidos a par.Em palavras me permito. Que em sons me solto.

Desejo
de beijar todo o teu corpo. Explorar-te em cada recanto. E virar o desejo em algo concreto.

Acaso
passeias por mim, incolme ? Decerto que não. Saboreio cada pedaço que lanças. E mais imagino os que virão. Prelúdios de devaneios.

Desejo que se aviva
com a tua presença indelével de fogo vibrante.

O que sentimos,
não se escreve apenas com palavras, mas desenha-se dia a dia, fruto do desejo.

O coração é fonte de vida. Assim como o Amor. Amo-te. Sem distância ou tempo. Apenas porque sim.

E,
quando o vento bate frio envolvo-te no meu abraço. Quando a noite dobra o dia, sopro no teu olhar. Amor é.

Tentação que és,
provo-te em deleite. Troquemos sabores. Nesta impaciência aberta no tempo.

Doce sedução és,
panóplia de rubros excessos sentidos.

Sinto as vontades tecendo virtudes. Apetece-me
sonhar. Que são os sonhos ? Pontes que te trazem até mim.

E,
a vida descubro em arrufos de fantasia, desenhados por ti.

Penetro-te sim, sinto o teu corpo a contrair-se em espasmos ofegantes. Quero encher-te com o mel que jorra de mim em golfadas. Saboreia.

Somos o prazer que se dá e recebe. Quero-te.

Que nos leva aos picos em ondas de prazer, percorrido pelo devaneio do néctar que de ti emana.

Os beijos e os desejos tomam vida própria e em sã loucura, se perdem na torrente dos sentidos.

Repouso em ti.

(...)

Beijo-te ao acordar. Enlaço o teu sabor no meu...ainda tão presente.

Amo-te. Palavra de fogo. Marca a alma de quem a sente. Sinto-a. E sei que a sentes. Perco-me a olhar para ela e para a sua dona. Beijo-te e
saboreio o mel que escorre da tua boca. É agridoce o teu linguajar. Sugas-me. E em rio me dou.

A chuva continua a cair, num gotejar que me leva a ti. Torno atrás no tempo. Relembro quando te vi. Gotejava também
e o tempo cúmplice, cuidou de nós.

(Princípios de Fevereiro de 2009)

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