segunda-feira, 22 de junho de 2009

Iminente



 Levas-me ?

l
Ele espera por ti. Tu e o mar fundem-se. Vem.
r
Azul sereno, ondas de vidas que serpenteiam ao sabor do vento e do sonho que se quer agarrar.
l
São sonhos de azul paz. Sonhos multicores, de vida por viver. Abraça-me.
r
20/06/2009
Gosto de caminhar na praia, no por do sol. Gosto das nuvens, que são castelos de ilusão. Gosto do cheiro da terra, quando chove e do cheiro do mar no vazante. Gosto de, amar-te.
r
Sem inspiração, suspirante nas tuas palavras que me acariciam como dedos. Amo-te, também.
l
É urgente desenhar na brisa da tarde, um desejo, uma loucura, uma canção, e dizerm sem pressa, num lento sussurrar: Amo-te.
r
É urgente o amor...
l
21/06/2009

sábado, 20 de junho de 2009

Ápices


O meus lábios sequiosos, dessedentaram-se nos teus, que vestiam de carmim, e vertiam o mel que sorvi, na ânsia de os deixar. Trocamos néctares, toques e cheiros. Em tudo nos demos inteiros e muito mais prometemos dar. É o amor que se faz, também, num simples beijar.
r

A vida num instante, momentos que o tempo acaricia e mantém, num simples beijar.
l

É noite na cidade, vejo o que não quero, ouço vozes anónimas. Penso em ti. . Um trilho por romper, que rompemos pela força do amor. Os dias de cor estão a chegar. Estende cada dedo, sobe a escarpa...
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Dias de múltiplas cores, que escalam montanhas íngremes. Não será essa a felicidade ?
l
19/06/2009

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Pedriscos


Há palavras como pedras à beira de água , que esperam o momento de se unirem. Pedra, mar, verbo, grito na escuridão. Sou o meu desenho, num mar sem chão. Amo-te.
r

As letras formam as palavras, da emoção retida, verbalizando um pulsar descompassado. Amo-te, nessa paixão que nos acalenta os sentidos.
Se for para esquentar que seja o sol. Se for para ser feliz, que seja o tempo inteiro e contigo. Vamos ?
l

É para ser feliz. O tempo inteiro e contigo.
r
17/06/2009

Temos as pedras. Temos o plano. A casa é simples e começa a tomar forma. O acreditar que chegamos ao telhado, é indispensável. Dás-me a mão ?
r

Dou-me inteira, num constante abandono. Entregue.
l

Tens a riqueza dos sonhos e o cansaço dos dias. Descansa no meu braço.
r

Sou o resultado da circunstância que deita e rebola, balançando fios invisíveis e resistentes.Persisto.
l

Estamos a quebrar a impotência com actos e vontades. Abraço-te, beijo-te, para saltares o muro que te sufoca. Amo-te.
r

18/06/2009
Foto por Nuno Manuel Baptista

(Im)pulsos


Pensamentos dispersos no vento, de r para l

Na singela simplicidade do amor, aqui estou. Beijo, suave, sereno e doce. Entretanto,

pinto estradas com histórias passadas e futuras, pé ante pé, atrevo-me a escrever o que falta para completar o equilíbrio, e é tão bom fazê-lo contigo.

O marear é eterno e nunca se cansa. Cada onda é diferente da anterior. Como saber o nome de cada uma ? Deixando que ela te toque. Cada dia é uma onda que te quer banhar. Leva-me na tua maré. Eu vou. Vens ?

Beijos com sabor a sal. Espero o teu momento para me estender. Amo-te. Intensamente. Dia após dia. Noite após noite.

A paixão é o rescaldo do dia. É por ela que vale a pena viver.


16/06/2009
Foto por Luis Lobo Henriques

terça-feira, 16 de junho de 2009

(En)clausura


As palavras tardam em sair e as ideias estão perdidas no ontem...
r

As palavras continuam soltas, livres, no pensamento que se aprisiona e se entrelaça em corações rubros de emoção. Persiste, no entanto, a vontade escondida de as pronunciar, sem saber o que, ou porque.
l

É bom ousar entrar no sal da vida e desfilar pelas palavras que a tornam apetecível. Amar-te, é uma delas. Dobrar o espaço e abrir o tempo, é outra.
r

No ousar está o concretizar, o que o pensamento orquestra.
l

Submersas as palavras...
r

Que se escapem ainda secas, mas intensas e doces, como a linguagem de quem sente.
l

Ora são simples, ora são curtas demais as palavras. Mas, doces, sempre serão, como tu és também. Beijo suave, em ti...
r

Somos mar e rio, que vão ao encontro um do outro, por vezes em silêncio na sua calmaria, por vezes gritando a intensidade da entrega.
l


Como todo o ser vivente, que chora e grita, dorme e se revolve em prazer. Somos intensos.
r

Amo-te, tanto quanto posso e sinto...
l

Quando o amor é par, uma brisa envolve quem o diz. Os momentos fluem em rodopio, na vida audível, emergente de palavras escritas e ponderadas. Quando o amar, se cruza com um sentir genuíno, um aroma de liberdade solta-se e invade cada poro vivente, sorvendo cada nuance de sal, numa dança de desejo por saldar. Amo-te, a ti.
r
15/06/2009
Foto por Daniel Oliveira

terça-feira, 9 de junho de 2009

Adorno


Flutuando no rio dos sonhos,
encontrei uma memória,
pintei-a de azul sereno,
em tons de vitória.
Colei-lhe um laço de ternura,
atado com sapiência
e soltei-a com candura e alguma emoção.
Hoje mora com prudência, na palma da tua mão.
r
Foto por Arquinorma
(Pausa)

(Des)governo

Bom dia. Que os meus beijos suaves te reguem e o meu sorriso doce te envolva.
r
Bocas, suavemente envolvidas, no beijo que rasga a manhã, desprendendo-se em gotas de prazer.
l

07/06/2009

Na tempestade de mares e rios em encontro, beijo-te assim tão levemente.
l

Porque o amanhã tem futuro, a tristeza tem de ser superada. Que a bonança venha com o meu beijo, que rotorno também, leve e aconchegante...
r
Amo-te, a ti,
l

Amo-te. Poucas são as condições que condicionam o amor. Talvez a única que poderá ter peso é a sua correspondência. E mesmo assim, não o consegue apagar. Não se cativa o sentir, apenas a sua prática, podemos controlar. Beijo descontrolado...
r
Em descontrole...
l

08/06/2009
Foto por Luís Mendonça

domingo, 7 de junho de 2009

Pujança


06/06/2009
Foto por Imeem

sábado, 6 de junho de 2009

Odores


Quanto mais nos amamos, mais desejo temos de amar.
r

Nada mais resta que amar, assim, tão perdidamente...
l

Que o meu beijo serene os teus olhos, ao repousá-lo nos teus lábios. Que o meu abraço te seja suave e macio, ao cercar o teu corpo com o meu. Que eu sinta o teu aroma selvagem e tu o meu. Amo-te.
r

O sussurro das ondas que se espraiam, contornando-te, desperta-me suavemente. Repouso em ti.
l

05/06/2009
Foto por Lilya Corne

Pigmentações


Por tudo quanto és. Beijo doce e suave, subtil e marcante em ti.
r

E porque a emoção me move, na criação da minha vontade, amo-te, a ti, alma liberta, em ri, em mim, em nós.
l

Tenho uma vontade enorme de dizer que te amo. Posso ?
r

Podes tudo que seja vindo do sentir. Sinto o mesmo. Devo ?
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Devemos calar o sentir ? Não. Libertemos a alma das palavras que a esculpem. Voas liberta na minha alma, sorrindo em cada desenho que pintas no céu. Sou a tua tela. Pinta-me.
r

Com nenhuma cor em particular e numa infinidade de nuances. Somos nós. Embalada no sonho já me prendi no luar, quem sabe não conquistamos o oceano ? Beijo azul de mar.
l

03/06/2009

De volta, como golfinhos ou gaivotas, que partilham os sonhos...
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Em sonhos imaginamos o que queremos concretizar, para ultrapassarmos a barreira da utopia. Amar-te é uma realidade, intransponível e incontornável.
l

04/06/2009

Foto por Paulo Marques

terça-feira, 2 de junho de 2009

Longinquo


Nas horas de estio a sede aperta.
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Sacia a tua sede, sem te saciares...gota a gota, todas diferentes.
l

Nas gotas refrescantes que de ti flúem, formo um rio deleitoso de prazer crescente, regando desejos semeados.
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Desejos procurados, numa ausência de ter, por não ter.
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Saudades, muitas, de ti...
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A saudade é uma consequência da distância. Crescente em ti, em mim.
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Laços dourados


Como estradas paralelas, cambiando ousadias partilhadas, vamos até onde quisermos ir. O sol hoje, é tímido. Vou ver, se o espevito, desnudando-me. Vens ?
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Leva-me desnuda contigo, na busca de um Nirvana de águas azuis e salgadas, ora revoltas ora serenas. Serpenteamos ?
l

Serpenteio por entre as ondas até te encontrar. E me estendo, desnudo, cansado e sereno, sorrindo ao sol que me visita neste fim de tarde. Ouves a sua voz ? Diz: Quero-te.
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As ondas na sua sonoridade própria e o sol no seu toque quente e suave , convidam ao expandir das asas do vento que guardamos em nós, numa ânsia de se libertar. Liberta-te em ti, em mim.
l

Vento libertador que quebra os grilhões dos ingénuos incautos que se deixam enredar nas emoções castradoras de liberdade. Vento que flúi, livre, sem saber de onde nem para onde. Asas de vento que nos levam no acaso, nos caprichos do Destino, numa liberdade, apenas ao alcance dos que pagaram o seu preço. Livre digo: Amo-te.
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Ecos mudos gritando através do tempo: Amo-te
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01/06/2009
Foto por Paulo Marques

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Desabrochar


30 a 31/05/2009
Foto por Armindo Dias