terça-feira, 16 de junho de 2009

(En)clausura


As palavras tardam em sair e as ideias estão perdidas no ontem...
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As palavras continuam soltas, livres, no pensamento que se aprisiona e se entrelaça em corações rubros de emoção. Persiste, no entanto, a vontade escondida de as pronunciar, sem saber o que, ou porque.
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É bom ousar entrar no sal da vida e desfilar pelas palavras que a tornam apetecível. Amar-te, é uma delas. Dobrar o espaço e abrir o tempo, é outra.
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No ousar está o concretizar, o que o pensamento orquestra.
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Submersas as palavras...
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Que se escapem ainda secas, mas intensas e doces, como a linguagem de quem sente.
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Ora são simples, ora são curtas demais as palavras. Mas, doces, sempre serão, como tu és também. Beijo suave, em ti...
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Somos mar e rio, que vão ao encontro um do outro, por vezes em silêncio na sua calmaria, por vezes gritando a intensidade da entrega.
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Como todo o ser vivente, que chora e grita, dorme e se revolve em prazer. Somos intensos.
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Amo-te, tanto quanto posso e sinto...
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Quando o amor é par, uma brisa envolve quem o diz. Os momentos fluem em rodopio, na vida audível, emergente de palavras escritas e ponderadas. Quando o amar, se cruza com um sentir genuíno, um aroma de liberdade solta-se e invade cada poro vivente, sorvendo cada nuance de sal, numa dança de desejo por saldar. Amo-te, a ti.
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15/06/2009
Foto por Daniel Oliveira

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