terça-feira, 17 de março de 2009

Latejar



Somos como a nuvem. Grande ou pequena. Clara ou escura. Basta o vento para a levar para outras paragens
Deus é o vento que cuida de nós
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Este coração que pulsa arritmado, pertence-te. Segura-o. O corpo segue com ele...
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Quando se ama, a dor da distância é proporcional ao prazer da união. Amo-te. É simples, a palavra, mas é a que me ocorre.
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É essa simplicidade"complexa" que me seduz e arrebata em ti. Apetece-me saltar e correr na tua direcção. Abre os braços...
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Os braços fecham à tua volta. Beijo-te com ternura. Ficamos perdidos no tempo, até contarmos as gotas do mar.
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Presa nos teus braços, mesmo assim esvoaço as leves asas. O tempo, não tem tempo. Infinitamente entregue, cúmplice. Um que nós somos. Continuamos a contar as gotas, doces e salgadas. Misturamos...
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Misturamos, renovamos, inventamos. Tudo é permitido, a quem se dá, porque o retorno é sem limite. No simples se edifica. No alto de colhe.
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Limites que se perdem no horizonte. Façamos como o sol, que nasce cada dia, sem lembrar-se da noite que passou Façamos parar o tempo.
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Em momentos singulares de frescura derretida, numa fenda do tempo, somos errantes vagabundos, na descoberta continuada, de trilhos por percorrer.
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Algumas almas são perfumadas, porque os sentires têm cheiro e tocam todas as coisas com os seus dedos de energia. É essa energia que nos impulsiona numa viagem sem retorno. Eu sigo...
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Lado a lado. Par a par. Seguimos em vendavais de devaneios. Unimos pontes ladinas. Trocamos serenos silêncios. Fácil ? Apenas para quem sabe.
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As pontes são eternas, feitas de encontros, que estreitam e incendeiam.
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17/05/2009
Foto: Nuri

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